sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Credo de Fé Reformada

Casa do Reformado

Minha confissão publica de Fé


    Eu creio em um só Deus, onipotente, onisciente e onipresente, eterno, imutável e soberano, Pai, Filho e Espírito Santo, três pessoas em uma única essência. Creio que Ele criou todas as coisas visíveis e invisíveis, sustentando-as por Sua poderosa palavra e governando-as com providência perfeita, para o louvor da Sua glória.

    Eu confesso que toda a humanidade caiu em pecado através da desobediência de Adão, representante da humanidade , e que, como consequência, todas as pessoas nascem em um estado de depravação total, incapazes de escolher ou buscar a Deus por si mesmas. Creio que, por Sua graça soberana, Deus escolheu um povo para Si mesmo antes da fundação do mundo, não por méritos prévios ou por obras, mas por Seu beneplácito divino.

    Eu creio que Jesus Cristo, o Filho de Deus, foi enviado ao mundo como o único mediador entre Deus e os homens. Ele assumiu a natureza humana, sendo verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, nasceu da virgem Maria, viveu uma vida perfeita de obediência à Lei de Deus, sofreu sob o governo de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, suportando a ira de Deus em nosso lugar. Ao terceiro dia, ressuscitou dentre os mortos, ascendendo aos céus, onde está sentado à direita de Deus Pai, de onde voltará para julgar os vivos e os mortos.

    Eu confesso que a salvação é somente pela graça, mediante a fé, que é um dom de Deus, não resultado de obras humanas. Creio na expiação limitada, onde Cristo morreu eficazmente pelos eleitos, assegurando sua redenção plena. Creio também na perseverança dos santos, confiando que aqueles a quem Deus chama e justifica, Ele também santifica e glorifica, preservando-os até o fim.

    Eu creio no Espírito Santo, que procede do Pai e do Filho, e que habita em todos os crentes verdadeiros. Ele regenera, convence do pecado, ilumina o entendimento, capacita o cristão a viver em santidade, e guia a Igreja em toda verdade. Creio que o Espírito une todos os crentes em um só corpo, a Igreja invisível, cuja única cabeça é Cristo.

    Eu creio no fechamento do cânon bíblico com os 66 livros
"•Antigo TestamentoGênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, 1 Samuel, 2 Samuel, 1 Reis, 2 Reis, 1 Crônicas, 2 Crônicas, Esdras, Neemias, Ester, Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cânticos de Salomão, Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias, e  

•Novo Testamento: Mateus, Marcos, Lucas, João, Atos, Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 Tessalonicenses, 2 Tessalonicenses, 1 Timóteo, 2 Timóteo, Tito, Filemom, Hebreus, Tiago, 1 Pedro, 2 Pedro, 1 João, 2 João, 3 João, Judas, Apocalipse." que formam as Escrituras Sagradas, 
reconhecendo que a revelação divina cessou com o fim da era apostólica, com a morte do último apóstolo. Afirmo que os dons milagrosos, extraordinários, cessaram, pois sua finalidade era autenticar o ministério apostólico. Como já não há apóstolos, esses sinais não são mais necessários.

    Creio, no entanto, que profecias podem ocorrer desde que estejam subordinadas à revelação maior, que é Cristo, conforme ensina Hebreus 1. Creio também que o "perfeito" mencionado por Paulo em 1 Coríntios 13:10 refere-se ao fechamento do cânon bíblico, a revelação completa de Deus em Suas Escrituras, não havendo mais necessidade de novas revelações autoritativas, pós era apostólicas.

    Eu creio na Igreja visível, o povo de Deus chamado para ser uma luz para as nações, sendo constituída pelos eleitos de todas as eras. Confesso que a verdadeira pregação da Palavra de Deus e a correta administração dos sacramentos são os sinais visíveis da verdadeira Igreja, e que o batismo e a Ceia do Senhor são sacramentos ordenados por Cristo, dados como sinais e selos da aliança da graça.

    Rejeito a doutrina da sucessão apostólica, que ensina que os bispos ou líderes da Igreja atual são sucessores diretos dos apóstolos com o mesmo ofício e autoridade. Creio que o ofício apostólico foi único e específico para a era fundacional da Igreja, estabelecido diretamente por Cristo. Os apóstolos eram testemunhas oculares da ressurreição e foram dotados de autoridade para estabelecer a doutrina cristã, sendo confirmados por sinais e maravilhas.

    Com a morte do último apóstolo e o fechamento do cânon bíblico, a necessidade de um ofício apostólico foi cumprida. A autoridade da Igreja não depende de uma linhagem contínua de apóstolos, mas da fidelidade às Escrituras, que contêm a revelação completa e final de Deus para a humanidade. Creio que os pastores e líderes atuais têm a responsabilidade de ensinar e pregar a Palavra de Deus com fidelidade, mas não possuem a mesma autoridade ou dons sobrenaturais dados aos apóstolos originais.

    Portanto, rejeito qualquer ideia de que exista uma sucessão apostólica contínua, reconhecendo que a Igreja é edificada sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, tendo Cristo como a pedra angular (Efésios 2:20), e que, desde então, a Escritura é suficiente para guiar a Igreja em todas as questões de fé e prática.

    Eu creio no retorno iminente e visível do Senhor Jesus Cristo, quando Ele estabelecerá plenamente Seu Reino, julgará o mundo com justiça e renovará todas as coisas. Naquele dia, os justos ressuscitarão para a vida eterna e os ímpios para a condenação eterna.

Até então, vivo na esperança da nova criação, esperando ansiosamente a plena realização das promessas de Deus, buscando andar de acordo com Sua santa vontade e viver para o louvor da Sua glória.


Quia tuum est regnum, potentia et gloria in saecula saeculorum.

Amém.


Victor Gabriel Martins Fontes da Silva
Seu Servo            

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